O destino ditou que um dia este monte de pelo me viesse ter ás mãos, o seu olhar meigo, o seu ron-ron fizeram-me criar um laço com ela e pensar "ora fodasse, agora já não te largo", chamada para a minha mãe que prontamente sugeriu que a encaminhasse para casa dos meus avós, até porque eles andavam à procura de um gato. Fomos ás compras para a bicha, comida, areia e uma coleira, se não estou em erro e arrancamos em direcção ao 252.
Tal como eu, eles também se apaixonaram e o pedido camuflado de adopção que lhes fiz, que consistiu em pedir um pequeno espaço para a ter enquanto não arranja-se dono foi logo deixado de parte, a Milai era a nova gata da casa, foi dar banho e constatar que estava presente o gato mais meigo de sempre, não estava a gostar nem um bocadinho, mas o ron-ron não parava e as unhas e os dentes nunca se virão.
Entretanto a Milai cresceu, deu à luz 4 filhos lindos, foi uma mãe exemplar, tendo sido eu a ama dos pequenos nos primeiros dias de vida.
Com a minha vinda para o 252 comecei a criar um laço ainda maior com ela, comecei a perceber que ela faz o que quer, quando lhe apetece mas que se comporta sempre com classe sabendo mimar quem a rodeia numa quantidade qb. Não tem horas para chegar mas no máximo vai ao campo que fica a frente ou no que fica atrás, não gosta de colo mas é um autentico cão atrás do meu avo e mais recentemente de mim, ou seja, vive uma vida que eu considero quase perfeita para um gato, acreditando que para ela ser totalmente feliz só lhe falta tirar a coleira que afugenta os pardais que ela tanto se esforça em caçar.
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